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Bruno Mendes
Poetry
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    Praga

    É tão somente a quarta ou quinta capital do velho continente que visito, por inércia ou fricção, mas julgo poder afirmar que ficará estampada no livro da memória como uma das mais especiais.

    As vantagens da inocência

    Recordo-me a tempos da primeira noite em que dormimos juntos. De mãos dadas, percorremos desajeitados o corredor longo assoalhado que dava para o quarto dela.

    Autoproclamação

    Se um dia ao acordares atentares no teu corpo e, após uma análise cuidada, tiveres que tens uma mão da qual não emanam trevas.

    Psychedelic affairs

    Regarding what was said / Scratch that, shall we / I was bitter and resented / Words came unintended.

    Tabuleiros de bar

    Entrei no bar passava pouco das dez. Como era habitual naquela zona da cidade, dezenas de mulheres mais ou menos despidas reclinavam-se em direção a homens de meia-idade.

    Teu perfume

    Consta-se que não costumo / Fruir das coisas seu perfume / E além de que não cheiro.

    Nasci errado

    Estou errado. Nasci errado / Surgido na alçada do Estado / Movido por bombeiro abalado.

    Atelier noturno

    Quando finalmente dormia — um feito que não deve ser descurado neste mundo pouco fundamentado —, eis que surge um burburinho irritante vindo da cozinha.

    O pátio

    No horizonte, onde o azul é definido e o sonho conhece realidade, jaz aquele tragado pela intempérie de ser e, não muito distantes.

    Babel

    Encontrávamo-nos amiúde no Jardim das Virtudes pelo final do dia. Eu escapulia-me do trabalho nunca depois das seis para me perder nos olhos dela tingidos de púrpura-mar ao passo que ela descrevia para mim as horas.