Não há muito o meu pai dizia-me: Filho, não te detenhas nunca em limites, coloca tudo de ti em tudo, mas tem que o mundo é inerentemente injusto.
À medida que ia progredindo da sala para o quarto fui-me apercebendo de que o quarto havia mudado, havia mais quarto no quarto.
Da última vez que verifiquei, eram pouco mais de oito as formigas-gigante que vagueavam pela cidade, fazendo o mesmo percurso do 502.
Hoje, ao jantar pela banca uma taça de cereais, talvez pelo perigo associado a ingerir taças, deixei-a deslizar pelos dedos e cair fulgurosamente na tijoleira fria.
Creio ter ouvido que credes ter uma fundação diferente da minha, o que me parece bacoco, visto que jamais transpareci quaisquer traços de origem extragaláctica.
Passei os olhos na redoma da estrada e que estavas tu a fazer? De mãos na cinta esguia, prostrada na balaustrada de olhos postos em nada.
Se porventura se encontrassem mais quentes as minhas mãos quando mas tocaste sob a mesa escura enquanto resvalava a minha dor por ta contar.
Nada de especial contava este eletricista deixar nos livros de história, nem sequer nas histórias que seriam um dia contadas às crianças que por consequência da sua atividade tivessem o privilégio de pisar o mundo.
Não há como amar quem não quer ser amado, diz-se, uma frase que só pode ser impensada porque não há quem não queira ser amado e quem verdadeiramente não quer terá problemas e se tem problemas a melhor forma de os resolver acabou de ser explanada.
Vezes há em que me levanto / Ecoa um som lento distante / Um sopro de ar ofegante.