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Bruno Mendes
Poetry
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    Atelier noturno

    Entre os espelhos desloca-se uma mulher prestes a dar com uma porta para o deserto.

    O pátio

    No horizonte, onde o azul é definido e o sonho conhece realidade, jaz aquele tragado pela intempérie de ser e, não muito distantes.

    Babel

    Encontrávamo-nos amiúde no Jardim das Virtudes pelo final do dia. Eu escapulia-me do trabalho nunca depois das seis para me perder nos olhos dela tingidos de púrpura-mar ao passo que ela descrevia para mim as horas.

    Na cruz

    Não há muito o meu pai dizia-me: Filho, não te detenhas nunca em limites, coloca tudo de ti em tudo, mas tem que o mundo é inerentemente injusto.

    Casa de banho suíte / Sol de primavera

    À medida que ia progredindo da sala para o quarto fui-me apercebendo de que o quarto havia mudado, havia mais quarto no quarto.

    Formigas-gigante

    Da última vez que verifiquei, eram pouco mais de oito as formigas-gigante que vagueavam pela cidade, fazendo o mesmo percurso do 502.

    Agitado no quarto / A cor do mundo

    Hoje, ao jantar pela banca uma taça de cereais, talvez pelo perigo associado a ingerir taças, deixei-a deslizar pelos dedos e cair fulgurosamente na tijoleira fria.

    Fundação

    Creio ter ouvido que credes ter uma fundação diferente da minha, o que me parece bacoco, visto que jamais transpareci quaisquer traços de origem extragaláctica.

    Balaustrada (do outro lado da estrada)

    Passei os olhos na redoma da estrada e que estavas tu a fazer? De mãos na cinta esguia, prostrada na balaustrada de olhos postos em nada.

    A semântica do universo

    Se porventura se encontrassem mais quentes as minhas mãos quando mas tocaste sob a mesa escura enquanto resvalava a minha dor por ta contar.