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Bruno Mendes
Poetry
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    Poema ao vento

    Hoje, o governo parece cair / Não sabes que roupa vestir / Bateste com o carro a vir.

    Uma centopeia (numa espiral)

    De nada se pode queixar esta centopeia: com patas precisas e corpo ágil, desloca-se livremente pelo mundo dos esgotos sem compromisso ou responsabilidade.

    O homem de fato azul

    Sem saber se acedo ou retrocedo, sento-me devagar no comboio ao lado de um homem de barba branca e fato azul.

    Sonhar sozinho

    Não há noite em que não sonho contigo / Sonho que entras pela porta na minha vida.

    O palácio

    Imponente como o desejo, este palácio vê passar um casal com entusiasmo mas alguma apreensão.

    Espelha-me

    Tu és o meu espelho / Onde me vejo claramente / Tu és o sonho que mantenho / Tudo que tenho em mente.

    Uma agonia (no meio da praça)

    Tenho uma agonia. A agonia de não poder voltar ao passado, congelar o tempo com as mãos, roubar-te três ou quatro beijos e guardá-los dentro da garrafa que bebo com afinco no meio desta praça.

    A lúcia-lima

    Nasce hoje e agora uma menina do outro lado do mundo, filha de pais estrangeiros separados pela idade mas não pela vontade de vencer.

    Antes de seres poema

    Perguntaram-me porque te amo / Porque ouso navegar no mar / ínfimo e tenebroso que é o outro.

    Tamanha desordem

    Não há nada de novo neste texto, tal como nada de novo houve neste dia. Os problemas de hoje são os mesmos de ontem, e a vida é uma luta inóspita e sem termo contra os próprios defeitos.