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Bruno Mendes
Poetry
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    Céu-relâmpago

    sentimo-nos assim, desta exata forma / febris, acamados, ficando a observar / céu-relâmpago, tempestade no mar.

    Padrões de reação / Ruminações de um cão

    Se — ou quando eu — noto o meu corpo a vibrar, atento por reflexo no número de vezes em que acontece e no espaçamento entre estas para apurar como hei de me sentir.

    Epidemia (perda de sentidos)

    Não vinha dormindo decentemente, mas não era isto novidade; não fruía das coisas seu perfume, mas também isto era corrente.

    Derrubar muralhas

    É extraordinário diferente louvável, interminável a forma como com as mesmas mãos com que tocaste na muralha do mundo e a derrubaste.

    Apologia à revolução

    a quem cria tempo / sem o receber de volta / a quem é doce, gentil / sem obter resposta.

    Estádio máximo

    No estádio que antecedeu o meu estádio máximo, ostentava no peito uma fita, plasmada no coração, que apertava por reflexo sempre que transparecia sinais de necessidade.

    Razões para a distância / Dinâmicas de transição

    Não percebes? A pressão que me infliges é avassaladora, dás-me pouco ou nenhum espaço para ser eu, às vezes quero visualizar um futuro e sinto-me engolida numa caixa negra.

    Fichas no chão (inquisição)

    Quando enfim se apaga um fogo porque outro se afigura como novo calor ou, melhor e mais desejável ainda, se vinha já criando um fogo novo e consistente por dentro.

    Sobre desertar (maquinaria)

    Deitei-me sem querer, querendo explodir com a cidade; parecia-me irrelevante se acordaria no dia seguinte, e não via no espaço um posto.

    Destino das frases II

    Nem sei que me parece, a sua aversão a travessão ou aspas, Não se recordará, então, de que incluía também dois-pontos e pontos e vírgulas.