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Bruno Mendes
Poetry
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    Tempo perdido / Estacionado (no sonho de te ter)

    devia tirar tempo ao tempo que tira tempo / mas eu desejo o desejo de ser desejado.

    A descoberta

    De há uns tempos para cá tenho de me vacinar todos os dias. Acordo pela manhã, golpeio um pouco o bícep e injeto uma solução pelos vasos adentro.

    O homem mais feliz do mundo

    tenho a dizer, o que fizemos / causou importantes danos / no meu monstro de anos.

    Perturba-me (o que dizem dos homens)

    Perturba-me / Perturba-me o que dizem dos homens / Nós que fizemos e levantamos o mundo.

    O homem-corredor

    Como ele corre! Já lá vão quatro horas desde que começou a correr, pela cidade, nas vias destinadas aos veículos ligeiros.

    Horário nobre / O passado amanhã

    E se nos desfizermos dos dias? Ficarmos só com as noites, com o escuro denso e impecável, com as alucinações que criamos em horário nobre.

    Um baluarte

    Tu e eu somos um baluarte, somos património, somos este pedaço de eternidade que cavalgou por cima da solidão e fez de duas almas não uma perfeita em simbiose mas duas vivas individuais e presentes.

    O orador

    A julgar pelo facto de o despertador ter tocado à mesma hora, a meteorologia ter respeitado honrosamente o trabalho de todos os meteorologistas.

    A dualidade da experiência

    Começo a acreditar, cada vez mais veementemente, que vivemos numa ilusão coletiva.

    The demolition

    Now if I recall correctly / We taught everything to each other / Science, literature, communication.