Sem saber se acedo ou retrocedo, sento-me devagar no comboio ao lado de um homem de barba branca e fato azul.
Não há noite em que não sonho contigo / Sonho que entras pela porta na minha vida.
Imponente como o desejo, este palácio vê passar um casal com entusiasmo mas alguma apreensão.
Tu és o meu espelho / Onde me vejo claramente / Tu és o sonho que mantenho / Tudo que tenho em mente.
Tenho uma agonia. A agonia de não poder voltar ao passado, congelar o tempo com as mãos, roubar-te três ou quatro beijos e guardá-los dentro da garrafa que bebo com afinco no meio desta praça.
Nasce hoje e agora uma menina do outro lado do mundo, filha de pais estrangeiros separados pela idade mas não pela vontade de vencer.
Perguntaram-me porque te amo / Porque ouso navegar no mar / ínfimo e tenebroso que é o outro.
Não há nada de novo neste texto, tal como nada de novo houve neste dia. Os problemas de hoje são os mesmos de ontem, e a vida é uma luta inóspita e sem termo contra os próprios defeitos.
E no fim não há nada: quebrou-se a rotina, calaram-se os gaios e serviram-se bebidas geladas.
Hoje viajei pelo teu mundo / Deambulei pelos teus traços / Descolei por um segundo.