Quisesse o destino dar-nos uma outra base relacional, capaz de expandir além do eu e fletir os hábitos para além do que havíamos treinado, seríamos porventura um só.
Nesta noite de inverno clara, tão bonita, sento-me, só, lamentando os compromissos de amanhã, o sufoco de hoje ou o indiscernimento do passado.
Será sabido que conduzindo em excesso de velocidade se incorre em risco de capotamento em lombas e depressões fundas.
É certo que não importa o que fazemos, dizemos ou pensamos, pois o sentimento comanda a vida. Desde o trabalho que aceitamos, o favor a que acedemos até às novidades que tentamos.
Em qualquer instância, independentemente do desgaste do momento, do saudosismo emergente, de uma resolução que teima em aparecer, há sempre um futuro por que lutar.
Coloquem-se-me à frente mil motivos / pelos quais não havia como continuar / Eu respondo com o conforto noturno.
Nesta terra onde não há nada, o almoço serve-se sem bebida e as portas estão trancadas. Voluptuosas cadeiras em secretárias ajustáveis são assento para um conjunto de almas que deambulam produzindo uma qualquer coisa.
É de noite mas não tanto como na semana passada. Ainda há autocarros decentes a esta hora, daqui a dez minutos.
Não me interessa muito, na verdade, mas arroz com atum? Enfim, podiam tratar melhor os convidados. Aquecer comida no micro-ondas à nossa frente não me parece nada elegante.
Custa-te alguma coisa mandares-me mensagem antes de ir dormir?, Não tem nada a ver, isso!, Então para de falar com o Agostinho, assume a relação!