Trava, trava, trava, trava!, e ele finalmente mete o pé no pedal com um intensidade que me faz descolar do banco.
Vou casar contigo. Levo-te para o coração da metrópole, ao final da tarde, chuva caindo, e ajoelho-me.
O ar tenso, silencioso. O vidro embaciado, o fundo preto. Uma rapariga levanta-se e dirige-se para a porta.
E quando se apagar esta chama? Quando deixar de gozar desta aura sazonal, deste encanto versátil mas passageiro?
São os jogos que jogamos / as drogas que tomamos / o tempo que julgamos ganhar / mas depois tende a deslizar.
É o que sempre quis, encaixar / Mas dói, ouvir isto - / Que não és estranho - / Arrancaram uma parte de mim.
Passaste o tempo a tremer, Eu sou assim, talvez seja mais eficiente do que o ser humano comum, dissipando o nervosismo com um espasmo, focando o raciocínio naquilo que realmente importa.
Três da manhã. Toda uma cidade concentrada aguardando a luz verde do semáforo. O chão trepidante, o suor quente escorrendo.
Acordo e sinto um arrepio gelado na espinha. É o começo de mais um aborrecido dia, pleno de deambulações sem sentido, diálogos sobre nada, monólogos sobre tudo.
Oh, metropolitano. És a minha ponte de contacto com as gentes da cidade, apressadas no seu percurso entre tudo e nada.