Nem sei que me parece, a sua aversão a travessão ou aspas, Não se recordará, então, de que incluía também dois-pontos e pontos e vírgulas, Vagamente, tendo que se passaram quase sete anos, perdoar-me-á a falta de memória, Não se preocupe com isto, sei que faz o seu melhor e já é tanto para um ser imaginado, que lê e reflete frases, A sua compaixão, por vezes, ainda me surpreende, Não seja assim, eu procuro somente escrever, E escreve para quê e para quem, qual o destino das suas frases, Tentei responder-lhe a isto da última vez que falamos, Lamento, Deixe-se disso, até porque creio ter uma nova resposta, quem sabe, um pouco mais definitiva, Definitiva é coisa nenhuma, Tem razão, mas não me detenha, Não o farei, O destino primordial das frases é o estabelecimento no coração de alguém, Vago, como me recordo de si, Tem o significado que quiser dar-lhe, se se deixar embrenhar na mancha gráfica do que se diz, se se repousar no substrato semântico com o seu próprio lençol, criará um sentido, Uma evolução, portanto, para quem queria pronominalizar e distorcer, De resto, o que mais desejo é agarrar o resquício de liberdade que o mundo me cede e fundar mudança, escrever sempre e como me aprouver,