Sobre desertar (maquinaria)

Deitei-me sem querer, querendo explodir com a cidade; parecia-me irrelevante se acordaria no dia seguinte, e não via no espaço um posto. Acordei atordoado, na ressaca de pesadelos pesados; cambaleante, arrastei-me para fora do quarto e corri para o aeródromo mais próximo, de onde parti rumo a uma viagem pelo mundo pilotada somente pelas minhas mãos.

Precisamos de si, senhor engenheiro, Por que razão me contacta agora, tantos anos havendo passado em que de tudo fiz para reparar esta maquinaria sem o seu apoio, Não é tarde para o fazer, Não me convencerá, rematei calmamente enquanto me afastava com um sorriso tendo que a maquinaria entraria em falência sem mim.