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Bruno Mendes
Poetry
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    Brilho

    Está um céu fumado, sem se ver o horizonte / Um frio de cortar. Ninguém. Uma chuva miúda.

    (Re)freio

    A minha paixão pelo comboio vem de pequeno. Com tanto como quatro ou cinco anos, os meus olhos brilhavam no museu da locomotiva ou no denso das linhagens de Campanhã.

    Alguém que venha ser mola

    Eu cumpro, tu cais, eu pairo / e tu pairas devagar e sorrateira / pelo ar, como que implorando.

    Janela do quarto

    Ao passo que a cama estremece, alguém toca as minhas costas. Tento abrir os olhos, mas não posso.

    Apocalispe global

    Se pudesses voltar, voltavas, Não é possível voltar ao passado com informações do presente, Tão-pouco é possível voltar ao passado.

    Gudejorge

    Nesta sala encaixamos convenientemente na cama, de braços abertos. A recolha dos casacos correu bem, excetuando o facto de o meu colega da direita ter tirado o meu casaco.

    A mecânica do sofrimento

    As pessoas são egoístas, são complicadas, são desnecessárias, são inconsequentes.

    Escadas do sonho fora

    No último ano tornei-me um robô programável, e dificilmente sei mais do que fazer, repetir, olhar, desviar, voltar a olhar e esquecer.

    Disparo rente e focado

    Se há que falar de prepotência / chamem-me de todas as formas / Eu disparo rente e focado.

    Ponto de retorno

    Caminhamos para um estado de alucinação pós-apocalíptico em que não mais sabemos olhar nem tocar.