Um baluarte

Tu e eu somos um baluarte, somos património, somos este pedaço de eternidade que cavalgou por cima da solidão e fez de duas almas não uma perfeita em simbiose mas duas vivas individuais e presentes. Tu e eu somos dois agentes focados em viver o tempo infímo em que respiramos como o verdadeiro milagre que é, sem nos darmos a abstrações bacocas, medos em forma de idealização, fantasmas em forma de clichês, ou pelo menos fazendo um esforço consciente para trazer estas criaturas à consciência, degolá-las com um beijo, e repetir isto amanhã, no próximo mês, no próximo ano, enquanto fizermos sentido, que é o mesmo que dizer que juntos criamos um sentido, porque, meu amor, tu e eu somos um baluarte, somos a construção mais bonita do mundo.