• Home
  • Blog
  • Poetry
  • Slides
  • Chess
  • CV
Bruno Mendes
Poetry
  1. 2025
  2. 2024
  3. 2023
  4. 2022
  5. 2021
  6. 2020
  7. 2019
  8. 2018

    Monomania

    Viver presumindo que o mundo é fundado em bondade é potencialmente fatal. Sei eu disto nas horas livres em que atravesso as ruas e aceno aos motoristas.

    Telescópio

    É evidente que uma noite de céu limpo não é ocasião para celebrar a existência. Há por fim clarividência para aceitar a circunstância de que a felicidade é demasiado cara para durar tão pouco.

    Verão

    Escolhemos o verão para fazer uma pausa nas nossas vidas. Podíamos escolher o inverno e fruir o nevoeiro, o outono e olhar o cinzento do céu.

    Linha forcada

    Não reparei em nada, Como assim, vou passar outra vez, Nada, Não viste? É potente e farfalhudo descobrir um caso secreto de paixão.

    Dezanove

    Hoje não faz sentido repetir a mesma fórmula de há um ano. Não sou o mesmo homem, nem sou confrontado com os mesmos desafios.

    Granitos

    O perigo espreita em cada esquina, a cada badalada do relógio. Os granitos estão proibidos, caminhar nas ruas é um desporto radical de fraca visibilidade e rendimento baixo.

    O resgate

    De regresso a casa depois de um almoço solitário, posso esperar que te atires, ou simplesmente atirar-te.

    Alarmes biológicos

    Sei-me inútil à sociedade, mas ser ostracizado desta forma em nome de uma profilaxia cega e ofensiva fez disparar os meus alarmes biológicos.

    Princesa do norte

    Onde leva a indiscrição / Falta de bom senso / Perda de noção / Cinismo intenso.

    A mais sublime humilhação

    Se esta é a mais sublime humilhação, quero ser humilhado todos os dias. Dormir aqui e ser esbofetado pela mais nobre das sensações enquanto questiono a que ponto cheguei.