Balaustrada (do outro lado da estrada)

Passei os olhos na redoma da estrada e que estavas tu a fazer? De mãos na cinta esguia, prostrada na balaustrada de olhos postos em nada, esgueirada entre forças de expressão, entregue ao mar e ao desejo de voar. Amiúde inapto, terei sido capaz de dar corpo a essa esperança idílica? E tu, desgraçado, que me distingues do outro lado da estrada, intercetando esta locução, não terás mais nenhum sítio onde estar? Deixa-me que te indique; estaciono aqui por perto e analisamos isso com calma.