Não há viagem que faça sem me deparar com esta ideia mesquinha, este dogma patético segundo o qual acumular créditos é o caminho.
Tu e eu somos um baluarte, somos património, somos este pedaço de eternidade que cavalgou por cima da solidão e fez de duas almas não uma perfeita em simbiose mas duas vivas individuais e presentes.
Começo a acreditar, cada vez mais veementemente, que vivemos numa ilusão coletiva.
Engarrafada no trânsito, porque os políticos são inertes, um artista escorregou num pedaço de óleo, ou uma relíquia decidiu preparar-se para um museu.
Now if I recall correctly / We taught everything to each other / Science, literature, communication.
When I put on the news / They said the world was ending / And a shiver ran down my spine.
Carlos chega atrasado, suado, e senta-se de qualquer jeito. Mal me olha nos olhos.
Não sou nada. Tirando isto / tenho em mim todos os sonhos / do mundo / (ah, que eu sou tudo e nada!).
Não há noite em que não sonho contigo / Sonho que entras pela porta na minha vida.
Tu és o meu espelho / Onde me vejo claramente / Tu és o sonho que mantenho / Tudo que tenho em mente.