É o que sempre quis, encaixar / Mas dói, ouvir isto - / Que não és estranho - / Arrancaram uma parte de mim.
Passaste o tempo a tremer, Eu sou assim, talvez seja mais eficiente do que o ser humano comum, dissipando o nervosismo com um espasmo, focando o raciocínio naquilo que realmente importa.
Acordo e sinto um arrepio gelado na espinha. É o começo de mais um aborrecido dia, pleno de deambulações sem sentido, diálogos sobre nada, monólogos sobre tudo.
Oh, metropolitano. És a minha ponte de contacto com as gentes da cidade, apressadas no seu percurso entre tudo e nada.
Sem nada fazer, aproxima-se a mais doce das personagens, senta-se porque estava o lugar vazio, ou porque o decidiu no momento.
Maioridade. O tão desejado marco dos últimos anos da minha vida chegou, sem pressas, e está aqui para ficar até ao fim dos meus tempos.
Há frases que se destinam a nunca ser ditas. Plácidas, inertes, oscilam desde o vulgar Desculpa até ao complexo Amo-te, e ficam presas por largos anos na consciência.
Não gosto de escrever muito depois de me surgir uma ideia ou de assistir a um episódio que mereça reflexão.
As vantagens de ter uma rotina sólida são indubitáveis. Desde logo, a sensação continuada de realização sobrepõe-se a qualquer tipo de dilemas existenciais contraídos aquando da supressão dos motivos de agenda.
Podias tentar desligar-te / Agarra num papel e rasga-o violentamente / Grita. Grita com todas as tuas forças.