Now if I recall correctly / We taught everything to each other / Science, literature, communication.
Há um tipo muito específico de tristeza que é absolutamente viciante: infiltra-se nas frinchas das paredes, impregna o ar ambiente e ainda insatisfeita entra pelos pulmões adentro e dificulta a respiração.
Vivemos agarrados a premissas, a verdades fundamentais e pessoais que nos seguram nos momentos de maior aperto.
Não posso, não posso acreditar no que me dizes, não faz sentido, quer-me faltar o ar, tenho de sair desta sala o mais rapidamente possível, porque não posso viver com esta história.
O primeiro amor atinge-te de repente, faz-te apaixonar pela vida e converte o tempo em sensação, agarrada à estética do beijo e aos silêncios das conversas.
Apareces-me em todo o lado / nas ruas, nos becos, nos sonhos / habitas nas pedras da calçada / e adensas o ar que respiro.
Não há noite em que não sonho contigo / Sonho que entras pela porta na minha vida / Nesta sala escura, sedenta por uma luz.
Tu és o meu espelho / Onde me vejo claramente / Tu és o sonho que mantenho / Tudo que tenho em mente.
E no fim não há nada: quebrou-se a rotina, calaram-se os gaios e serviram-se bebidas geladas. Atormentado por um calor que corrói por dentro, resta persistir até que o frio regresse e com ele a previsibilidade e a clareza.
Hoje viajei pelo teu mundo / Deambulei pelos teus traços / Descolei por um segundo / Dos meus arredores baços.