O primeiro amor atinge-te de repente, faz-te apaixonar pela vida e converte o tempo em sensação, agarrada à estética do beijo e aos silêncios das conversas.
O primeiro amor tira-te do sério, faz com que te importes, arranca-te lágrimas de comoção, faz do inverno a estação mais quente, faz-te disparar em todas as direções tudo o que tens, todo o carinho, toda a raiva e toda a paixão, toda a dor que tão habilmente escondes das pessoas banais.
O primeiro amor tem início, meio e fim, despedaça-te e dorme como referencial, num cantinho do coração, pronto a entregar-se para eventualmente se partir de novo.
O primeiro amor, enfim, não é diferente de nenhum outro.