Com David Preda, verso sim, verso não.
Hoje viajei pelo teu mundo
Deambulei pelos teus traços
Descolei por um segundo
Dos meus arredores baços.
Deixei-me levar pelas cores
Um vislumbre sensual e lilás
Despi-me de crenças e louvores
Deixei o cinzento para trás.
Mas cada passo foi um fardo
O amanhã cópia barata d’ontem
Um retrato gasto do passado.
Amanhã viajo pelo meu mundo
Sem por um segundo sair de mim.
O mesmo que hoje, no fundo.