Um café, faz favor, melhor seria dizer, Uma dose de integração, se não for muito incómodo. A cara de perplexão dos envolvidos seria inevitável. A somar aos olhares indiscretos, estaríamos perante uma situação peculiar, se não aliciante.
Volume no máximo, agudos distorcidos, e desta vez sou só mais um no meio da multidão. A meu lado, não posso deixar de observar as pessoas cambaleantes, deseperadas e desconectadas da realidade numa espécie de delírio coletivo. É incrível o que fazem para se mesclarem umas nas outras, para se divertirem, ou outra qualquer expressão equivalente.
As luzinhas incidem incessantes sobre mim, mas se por um momento consigo desligar-me, reflito que no final de contas até aprecio as banalidades, os prazeres, as intervenções, o cheiro do café expresso.